quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Educaçao e o mar






“ Ah! Eu vim de ilha de Maré
Minha senhora
Pra fazer samba
Na lavagem do Bonfim
Saltei na rampa do mercado
e segui na direção
Cortejo armado na
Igreja Conceição
Aí de carroça andei cumade
Aí de carroça andei cumpade
Ah! Quando eu cheguei lá no Bonfim
Minha senhora
E da carroça enfeitada eu saltei
Com água, flores e perfumes
A escada da colina eu lavei
Aí foi que eu sambei cumade
Aí foi que eu sambei cumpade”
Autor: Walmir lima
Pois é, quando ouvia essa música pensava na ilha como  um roteiro para um bom passeio, um bom divertimento, sim essa era a minha visão sobre a ilha, e realmente a visitava para passear, sem pensar em mais nada, até que um trabalho para uma disciplina da faculdade, me fez  ver a Ilha de um outro angulo: Ilha de Maré bairro de Salvador.
Ops me parecia outra cidade
Mas interessante, os moradores falam de Salvador  como se não fizessem parte dela, apesar de dependerem da mesma  quase que totalmente. A maioria vive da pesca, trazendo do mar o seu sustento, do mar também dependem para ir e vir a Salvador (leiam outros bairros) comprar mantimentos, moveis, eletros, roupas e educação.
Sim educação, pois as duas únicas escola da ilha só oferecem  da Educação Infantil ao Ensino Fundamental I, para continuar seus estudos as crianças e adolescentes  enfrentam as ondas até ao Colégio Estadual Marcilio Dias em São Tomé de Paripe, em um barco escolar mantido pela Prefeitura Municipal de Salvador.
Essa condução grátis para os estudantes só entrou em vigor a mais ou menos oito anos atrás, antes os estudantes pagavam meia passagem e poucos vinham continuar os estudos por conta disso pois muitos pais não tinham condição de pagar. Situação pior, era ainda antes quando tinham que pagar a passagem no valor normal, resultado a população mais velha só estudou ate a antiga 4 série do primeiro grau.
A ida a escola também depende da metereologia, pois na época das chuvas os barcos não saem e para acompanhar o calendário escolar os professores passam trabalhos para serem feito durantes esses meses. A escola sabe desse diferencial, mas não faz nada diferente para acolher esses alunos, tratando-os de maneira igual.
Então vemos que a escola não esta preparada para tratar o diferente, o fora do padrão, pois é “engessada” nas suas regras.
Fica então um questionamento, recebemos alunos de várias localidades, com culturas diferentes, será que temos que trata-las como iguais, como se isso não fizesse nenhuma diferença?

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